Entomólogos internacionais se reúnem e colaboram para buscar maneiras de controlar os mosquitos transmissores de doenças

Anápolis, MD; 27 de janeiro de 2016 — No dia 13 de março de 2016, em Maceió, Alagoas, Brasil, a Sociedade Americana de Entomologia (ESA) e a Sociedade Entomológica do Brasil (SEB) promoverão um encontro das sociedades entomológicas mundiais para discutir opções de controle colaborativas para combater uma das espécies de animal mais mortais do mundo, o Aedes aegypti, um mosquito que transmite o Zika vírus, a dengue, a chikungunya e a febre amarela. O objetivo da cúpula é orientar a comunidade internacional de entomologistas para que haja um melhor controle das doenças transmitidas por mosquitos nas Américas e ao redor do mundo.

Intitulada “Cúpula para a crise do Aedes aegypti nas Américas: lidando juntos com um grande desafio”, a cúpula deve reunir os principais pesquisadores de entomologia do mundo e diversos outros participantes renomados para buscar maneiras de combater o mosquito.

“O recente impacto do Zika vírus trouxe urgência a uma reunião que já era essencial”, afirmou C. David Gammel, diretor executivo da ESA. “Ao reunir a comunidade entomológica global e as partes interessadas, as sociedades entomológicas ocupam uma posição privilegiada para abordar as questões relacionadas ao controle dos insetos que propagam essas doenças”.

O encontro é o primeiro de duas cúpulas que a ESA promoverá em 2016 como parte da Grand Challenges Agenda da sociedade, que procura áreas nas quais a entomologia pode ter um impacto significativo e positivo em questões importantes para o ser humano. Nesta primeira cúpula, os líderes das comunidades entomológicas internacionais se reunirão com líderes de agências governamentais, representantes do setor, especialistas em saúde pública e financiadores para discutir a crise causada por esse mosquito, bem como as formas pelas quais as sociedades podem reagir. O estabelecimento de um programa sustentável de eliminação do mosquito é o objetivo principal da primeira cúpula. Uma segunda cúpula ocorrerá em Orlando, Flórida, durante o Congresso Internacional de Entomologia (ICE), em setembro de 2016.

“As preparações para sediar essa importante cúpula sobre o Aedes aegypti tiveram início há dois anos como uma forma de lidar com a dengue e a chikungunya, que se tornaram uma epidemia global com 2,35 milhões de casos relatados somente nas Américas”, explicou o Dr. Grayson C. Brown, pesquisador da Universidade de Kentucky, ex-presidente da ESA e copresidente do evento. “Agora que a Zika se tornou uma crise de saúde importante, nossa missão passou a ser ainda mais crítica. É fundamental que os líderes científicos mundiais trabalhem juntos nessa questão.”

A Zika e a chikungunya ganharam força rapidamente e tornaram grandes ameaças à saúde pública após seu recente aparecimento nas Américas. O Aedes aegypti transmite essas e outras doenças perigosas e potencialmente fatais, incluindo a dengue e a febre amarela. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA identificaram recentemente o Zika vírus como a provável causa da microcefalia em recém-nascidos, o que levou o governo americano a emitir advertências sobre viagens para as regiões afetadas.

“Existe uma boa razão para o mosquito ser rotulado o animal mais perigoso do mundo”, afirmou o Dr. Luciano Moreira, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz no Brasil e copresidente da Cúpula. “Uma estratégia de controle integrada, reunindo diferentes disciplinas, deve ser considerada para o controle desse mosquito mortal.”

A cúpula será realizada em conjunto com os Congressos Brasileiro e Latino-americano de Entomologia na cidade de Maceió, no Brasil. As sociedades científicas nacionais e internacionais de entomologia e de disciplinas relacionadas estão convidadas a enviar representantes para participar da cúpula. A reunião incluirá apresentações científicas sobre os desenvolvimentos mais recentes em importantes áreas de desafio, bem como sessões plenárias, apresentações de pôsteres, painéis, sessões de debate e discussões sobre as próximas etapas de ação necessárias.

A Sociedade Americana de Entomologia é a maior organização do mundo que atende às necessidades profissionais e científicas de entomologistas e pessoas envolvidas com disciplinas relacionadas. Fundada em 1889, atualmente a ESA tem mais de 7.000 membros afiliados a instituições educacionais, agências de saúde, setor privado e governo. Os membros são pesquisadores, professores, profissionais de serviço de extensão, administradores, representantes de marketing, técnicos de pesquisa, consultores, estudantes e entusiastas. Para obter mais informações, acesse http://www.entsoc.org.